quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A importância do brincar


O uso do jogo, do brinquedo e da brincadeira deve acompanhar as características e o desenvolvimento das crianças porque, através do brincar a criança expressa sua cultura, o diálogo com suas experiências, os costumes e convívio social. Expressa através de suas brincadeiras sua personalidade, seus medos, suas crenças, seus desejos, libera seu mais íntimo e se transporta para um outro universo, o seu universo irreal, mas leva para ele aspectos que lhes são muito importantes, de sua vida, e de sua cultura. E, também, porque favorecem o equilíbrio emocional, desenvolvem a inteligência, criatividade e sociabilidade.

É importante que exista espaços para a criança brincar nas instituições educacionais porque o ato de brincar, independente do espaço em que ocorra, deve ser valorizado por se constituir num instrumento de aquisição de novos conhecimentos e de aprendizado das regras e normas adultas vigentes na sociedade, contribuindo com a formação de um cidadão crítico e atuante.

Para Vigostsky, o jogo é um elemento que impulsiona o desenvolvimento do ser humano, e, portanto tem caráter central na vida das crianças por considerá-lo uma questão social ele defende que as funções mentais superiores se desenvolvimento durante toda a vida e por meio das relações sociais e da cultura. E, por meio dos jogos e brincadeiras se dá de forma natural esse desenvolvimento.

Segue abaixo exemplos de brinquedos, adequado-os para as seguintes faixas etárias: bebês, pré-escolares e pré-adolescentes.

Bebês: Chocalhos, brinquedos musicais, mordedores, brinquedos de berço, móbiles, livrinhos de pano ou plástico, bolas com texturas diferentes para serem agarradas com as duas mãos.

 

Pré-escola res: Brinquedos flutuantes, cubos que tenham guizos embutidos ou ilustrações,caixas ou brinquedos que se encaixam uns dentro dos outros, argolas empilháveis, brinquedos para martelar, empilhar e desmontar, telefone de brinquedo, espelhos, brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar ou empurrar. Brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato), bonecas de tecido e bichos de pelúcia feitos de materiais atóxicos, livros e álbuns de fotografia com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos, brinquedos de empurrar ou puxar, brinquedos de montar e desmontar. Os brinquedos devem ter cores vivas e não podem ser tóxicos.
 
Pré-adolescentes: Jogos de tabuleiro,
bolinhas de gude, pipas,
carros de corrida, trens elétricos,
argila para modelar, pincel,
brinquedos de mágica,
artigos esportivos, bicicletas,
patins, skate, jogos eletrônicos,
de memória, videogames,
patinetes, futebol de botão,
laptops, brinquedos colecionáveis,
chaveiros, brinquedos eletrônicos,
jogos de cartas, kits, pistas de carrinhos, quebra- cabeças.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Espaços Lúdicos e sua importância


Espaço Lúdico é qualquer extensão destinada  a atividades lúdicas, quer dizer, aos jogos, aos brinquedos e às brincadeiras. São considerados como espaços lúdicos os estádios, ginásios, parques, praças, jardins entre outros – espaços comuns, construídos para o desenvolvimento das chamadas atividades esportivas e/ou recreativas.

São fundamentalmente espaços lúdicos as salas de jogos, as ludotecas e as brinquedotecas.
A brinquedoteca brasileira

As brinquedotecas começaram a surgir no Brasil nos anos 80. São espaços criados com o objetivo de proporcionar estímulos para que a criança possa brincar livremente, sossegada, favorecer o equilíbrio emocional, desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade.

A brinquedoteca tenta salvar  a criatividade e a espontaneidade da criança tão ameaçada pela tecnologia educacional de massa.
OS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO E NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA

O brincar faz parte da infância, e é uma aprendizagem necessária a vida adulta, como retrata Chateau, pois é pelo jogo, pelo brinquedo que crescem a alma e a inteligência. E ainda mais, “uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar” (CHATEAU, 1987, p.14).

Através do brincar a criança expressa sua cultura, o diálogo com suas experiências, os costumes e convívio social. Expressa através de suas brincadeiras sua personalidade, seus medos, suas crenças, seus desejos, libera seu mais íntimo e se transporta para um outro universo, o seu universo irreal, mas leva para ele aspectos que lhes são muito importantes, de sua vida, e de sua cultura.

Para muitos adultos brincar direito é não fazer barulho, não correr, não se sujar. E para as crianças isso faz parte das brincadeiras.

Com as brincadeiras as crianças começam a compreender o mundo e por isso não existe certo ou errado, mas tentativas de compreensão.

O adulto que não compreende isso acaba prejudicando a evolução da criança a partir da brincadeira. O brincar é inerente à criança, e por isso, deve ser levado a sério.

Jean Piaget retrata que os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual.

Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade”
A escola pode ensinar, a psicopedagogia pode  cuidar dos problemas de aprendizagem, a psicologia pode resolver  problemas emocionais, a família pode educar, mas a briquedoteca precisa preservar um espaço para a criatividade, para a vida afetiva, para o cultivo da sensibilidade; um espaço para a nutrição da alma deste ser humano criança, que preserve sua integridade através do exercício do respeito a sua condição de ser em formação.

Orientação sexual

 A sexualidade é o tema que mais encontrou (e ainda encontra) resistência, e o que mais causou polêmica ao longo da história. Apesar disso, ela faz parte de nós, seres humanos, e não pode ser separada dos demais aspectos da vida.
 
 A maior parte das pessoas, ao pensar na palavra “sexualidade”, logo se remete ao ato sexual em si e aos aspectos da reprodução.   A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo”.  Ela abrange a identidade sexual (masculina e feminina), a percepção do prazer, os afetos, a autoestima, a anatomia, as alterações físicas e psicológicas ao longo da vida, a saúde sexual, entre diversas questões. Poderíamos resumir a sexualidade na seguinte definição: é a maneira de cada indivíduo se descobrir e descobrir os outros.

O começo de tudo: a sexualidade e a infância

A descoberta do prazer e das sensações prazerosas (não confundir com erotismo); da capacidade de se relacionar afetivamente; da identidade sexual; da conscientização do próprio corpo; o desenvolvimento da autoestima; a conscientização dos limites e das normas sociais; o respeito, enfim... são elementos que têm início na infância e vão construindo a base da nossa sexualidade e da forma com que nos relacionamos com os outros.
Por volta dos 2 anos, a criança percebe se é do sexo feminino ou masculino e o significado disso na sociedade. “Menino é mais levado e é mais forte”. “Menina é mais calma e delicada”.
Começam surgir, então, perguntas difíceis de responder - como a clássica “de onde vêm os bebês?”- e atitudes constrangedoras para os adultos - como manipular os genitais em público-, isso ser encaradas de forma precisa, mas sem recriminações ou culpas.
Uma boa saída para o primeiro caso é dizer logo que eles vêm da barriga da mãe, sem dizer exatamente como entram ou saem dela. Aos poucos, conforme vão crescendo ou tendo novas inquietações, as informações podem ir ganhando complementos. No segundo caso, antes dos pais ou professores ficarem escandalizados, é preciso entender que essa manipulação é uma forma natural de descobrir o próprio corpo e os mecanismos do prazer. Porém, é de responsabilidade de quem educa deixar claros os limites da cultura em que estamos inseridos. Deve-se explicar a diferença do que pode ser feito sozinho no espaço privado e o que não se pode fazer no espaço público.

A sexualidade e a adolescência
Chega a puberdade e, com ela, repentinas mudanças de ordem física e mental que costumam trazer uma ebulição de sentimentos, conflitos e desejos.
Nas meninas, a puberdade começa a chegar, em geral, por volta dos 10 /11 anos, vão aparecendo os primeiros pelos pubianos e os das axilas, os seios aumentam, o corpo vai ganhando contornos mais arredondados e surge a primeira menstruação. Nos meninos, as mudanças iniciam-se por volta dos 13 anos, ocorre crescimento dos testículos, aparecimento de pelos pelo corpo (pubianos, barba, etc.), aumento do pênis, mudança na voz, produção de espermatozóides e ejaculações. Todas essas mudanças indicam que os jovens corpos já estão aptos para a reprodução. A sexualidade, assim, assume uma grande importância na vida e no comportamento dos adolescentes, ela se mostra nas conversas (na escola ou fora dela), nas malícias, nas piadinhas, no “ficar”, no namoro, nas carícias em público.
Nesse momento crucial da vida, a família e a escola podem ter um papel fundamental no direcionamento do conhecimento a respeito da sexualidade e das relações humanas. Gravidez indesejada, contracepção, doenças sexualmente transmissíveis e sexualidade sadia são algumas das noções que precisam ser introduzidas e discutidas, independentemente de crenças e valores, pois trazem implicações para a própria vida do adolescente e do futuro adulto em que ele se tornará. É aí que entra a educação ou orientação sexual.
  • EDUCAÇÃO SEXUAL - é o aprendizado automático, constante e inconsciente de atitudes, gestos e idéias que se inicia a partir do nascimento. É o que aprendemos através da nossa família, escola e sociedade. Envolve a moral sexual vigente na família e na sociedade e as expectativas sobre a sexualidade que se colocam para a criança desde o seu nascimento.
  • ORIENTAÇÃO SEXUAL - é o conjunto de esclarecimentos e noções dados deliberadamente, intencionalmente à criança por outras pessoas, além dos pais. É espaço para discussão e informação que precisa haver nas escolas.
  • A liberdade sexual, unida à falta de uma orientação correta no ambiente familiar, conduz ao início precoce da vida íntima sem nenhum conhecimento das conseqüências que isso pode causar na vida das adolescentes, principalmente no momento em que engravidam. Além da gravidez indesejada na adolescência, essa atitude pode levar a jovem a contrair alguma DST grave, que podem comprometer a saúde e o bem-estar pelo resto das suas vidas.

Como é uma gravidez indesejada? Infelizmente, muitas vezes a adolescente ao descobrir que está grávida é rejeitada pelo pai da criança - que acaba por negar a paternidade ou colocar em dúvida a moral da jovem, o que também pode acontecer no próprio ambiente familiar. Sem o apoio do parceiro e dos pais, muitas recorrem aos erráticos e ilegais métodos abortivos.

Doenças sexualmente transmissíveis, ou DSTs, são aquelas cuja contaminação se dá por via sexual..

Elas se manifestam em ambos os sexos, em diferentes faixas etárias e em todos os níveis socioeconômicos. Nem sempre apresentam sintomas. Como mulheres possuem seus órgãos genitais mais internos, algumas vezes não são capazes de identificar a presença de feridas suspeitas em seu interior, revelando mais um motivo especial para, pelo menos uma vez ao ano, visitarem o ginecologista.

Vírus, bactérias, protozoários, fungos e até mesmo alguns animais são capazes de provocar e transmitir
DSTs
. Sua gravidade, e a possibilidade ou não de cura, dependerá do agente causador e também do diagnóstico precoce.

A forma mais eficaz de prevenção às
DSTs é a camisinha, que se mostra a melhor maneira de reduzir as chances de contaminação por uma ou mais DSTs, tendo a vantagem adicional de, também, prevenir contra uma gravidez não planejada.
 A orientação e o diálogo são fundamentais para a prevenção de DST's e gravidez indesejada.
A informação faz a diferença!

Dificuldades de Aprendizagem

Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.

É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.

As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).


O aluno com dificuldade de aprendizagem sente-se rejeitado pelos colegas

- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.

- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras, conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.

- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem sequências lógicas. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.

- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.

- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.

- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.

Professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Sobre a Pedagogia


A pedagogia estuda diversos temas relacionados à educação, tanto no aspecto teórico quanto no prático. Ela tem como objetivo principal a melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, através da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos.
O pedagogo é o profissional formado para atuar na área pedagógica. Porém, todos aqueles que atuam no processo educativo (professores, pais, monitores, orientadores, psicólogos, etc.) também devem conhecer os princípios básicos de pedagogia. Pedagogia é o ato de educar. Ser pedagogo não é simplesmente dar aula, é a partir destas aulas oferecer oportunidades para os alunos crescerem como cidadãos.
Muitos acham que o Curso de Pedagogia é fácil, não tem muita coisa, faz só para falar que fez alguma faculdade. Estão todos enganados, é uma Licenciatura digna e que apresenta dificuldades como qualquer outra. Agora, é claro, seu sucesso na área vai depender do seu grau de comprometimento e responsabilidade.
Então, não critique antes de conhecer e respeite esse importante profissional, pois, médicos, engenheiros, psicólogos, todo e profissional  e até mesmo o presidente da República passaram pelas mãos de pedagogos.


"O que pensamos ou no acreditamos não tem muita importância. A única coisa relevante é o que fazemos".
John Ruskin